As cicatrizes da evolução
A mesma seleção natural que permitiu à espécie humana sobreviver por milênios também é responsável por boa parte do sofrimento que a acompanhou durante todo esse tempo.
O ser humano não é um projeto acabado. Ele é produto de milhões de anos de seleção natural: uma sucessão de mudanças genéticas aleatórias que ajudaram na sobrevivência do indivíduo e se acumulam no DNA da espécie. As mudanças são lentas e nem sempre levam em conta o bem-estar do indivíduo.
As falhas de projeto começam na própria fundação do corpo humano: o esqueleto. As espécies das quais o homem descende andavam sobre as quatro patas.
Quando os ancestrais humanos passaram a se locomover sobre os dois pés, adquiriram imensa agilidade e ganharam uma liberdade inédita para suas mãos. Mas, para isso, sua coluna vertebral teve de passar por um rearranjo radical. “A coluna de nossos ancestrais se organizava na horizontal. Quando ficamos bípedes, tivemos de empilhar todos os ossos que estavam nessa coluna, e ainda colocamos a cabeça no topo. Fazer com que esse novo arranjo seja capaz de equilibrar todo o peso do corpo é pedir para ter problemas”, diz Bruce Latimer, antropólogo na Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos.
A dor na região lombar, por exemplo, está entre as mais comuns da espécie humana – 80% dos adultos vão senti-la em algum momento da vida -, e é causada diretamente por essa postura bípede.
Segundo o antropólogo, a coluna humana adquiriu uma série de curvas para equilibrar todo esse peso, resultando em um formato de S. Isso faz com que alguns pontos acabem sofrendo mais pressão que outros, podendo levar à lordose, cifose e escoliose, transtornos que acontecem, respectivamente, quando a coluna vertebral se curva demais para dentro, fora ou para os lados, podendo provocar dor de forma crônica.
A espinha pode ser danificada pelo próprio modo como os seres humanos se locomovem: colocando um pé para frente de cada vez e mexendo as mãos de forma inversa, para manter o equilíbrio. “Ao fazer isso, torcemos a coluna milhões de vezes ao longo da vida”, diz Bruce Latimer. A torção constante pode levar ao deslocamento de um dos discos cartilaginosos que formam a coluna. Se esse deslocamento pressionar um dos nervos locais, a dor pode se tornar insuportável, resultando na hérnia de disco.
Segundo o antropólogo, nenhum desses problemas é comum entre os outros primatas, que ainda mantêm a locomoção sobre as quatro patas.
Essas dores são parte da condição humana.
Fonte: https://veja.abril.com.br/ciencia/as-cicatrizes-da-evolucao/
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